17/05/2021

Mercado ferroviário vive o melhor momento desde 1990

Avaliação é do presidente da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Fernando Paes.

 

Segundo Fernando Paes, o mercado ferroviário de cargas brasileiro, mesmo em meio à pandemia, vive tempos de ótimos resultados e apresenta o melhor momento do setor dos últimos 30 anos. Exemplos disso são as renovações antecipadas das concessões ferroviárias, os projetos que envolvem a FIOL, a relicitação da Malha Oeste e o início da operação da Ferrovia Norte-Sul.

 

Para ele, isso ocorre porque os projetos de segmento que estavam previstos para o setor há anos começaram a sair do papel, como as renovações antecipadas das concessões ferroviárias, que vinham sendo discutidas desde 2015, quando a pauta foi incluída no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Governo Federal (criado para reforçar a coordenação das políticas de investimentos em infraestrutura, por meio de parcerias com a iniciativa privada).

 

Paes lembra que tudo começou, de fato, no ano passado, quando os primeiros contratos de renovação foram assinados: o da Malha Paulista (da Rumo Logística), em maio de 2020; e os das Estradas de Ferro Vitória-Minas e Carajás (ambas operadas pela Vale), em 18 de dezembro - e ainda há a expectativa pelas prorrogações, em breve, da Malha Regional Sudoeste (operada pela MRS Logística e já em análise pelo Ministério da Infraestrutura e pela Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT); da Ferrovia Centro-Atlântica (a FCA, que é administrada pela VLI Logística) e da Malha Sul (também da Rumo).

 

"Com as prorrogações antecipadas dessas concessões, estima-se o aumento do volume de cargas movimentado em cerca de 70 milhões de toneladas por ano, o que contribuirá para uma redução de aproximadamente 30% dos custos do transporte, além da captação de R$ 30 bilhões em aportes, em média, apenas nos primeiros cinco anos dos novos contratos. Somente a MRS, por exemplo, pretende dobrar a capacidade de transporte em cargas gerais: de 30% para 60% nesta categoria. Sem contar o aumento de materiais rodantes, de tecnologia, de segurança e de empregos nestas linhas ou em suas cadeias (a perspectiva é que 700 mil novos postos de trabalho sejam gerados, principalmente na indústria e no setor de serviços)", exalta.

 

Para ele, desde a desestatização do mercado ferroviário, na década de 90, não se via um cenário tão promissor para o setor no Brasil como agora. "Temos um modal muito acanhado no país, é verdade, mas já passamos por uma revolução dos anos 90 para cá, com o aumento da quantidade de cargas, de investimentos, de empregos, entre outros fatores importantes que ocorreram com a entrada da iniciativa privada no setor. Agora, estamos indo para uma segunda revolução ferroviária no país, considerando essas últimas três décadas: algo que o governo conseguiu fazer, muito graças ao PPI", finaliza Paes.

 

Fonte: Segs

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