O presidente-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça, cobrou “interoperabilidade” dos entes públicos responsáveis pela fiscalização, controle e regulação das ferrovias brasileiras em audiência pública realizada na última quarta-feira (10), pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados.

O encontro foi realizado para discutir o novo marcoregulatório do setor ferroviário e o andamento de projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2 – Ferrovias), entre os quais as obras da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste nos trechos Água Boa (MT)-Lucas do Rio Verde (MT) e Campinorte (GO)-Água Boa (MT); e da Ferronorte, no traçado Rondonopólis-Cuiabá-Santarém. Estavam presentes na audiência representantes da EPL, Valec, TCU, BNDES, ANTT, Senado e Câmara dos Deputados.

Vilaça também destacou que o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte (CONIT) - órgão de assessoramento vinculado à Presidência da República – deve voltar a se reunir para tratar dos problemas relacionados à logística de transportes.

O presidente-executivo da ANTF pediu a colaboração do presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, que o dinheiro pago pelas concessionárias pelo arrendamento das ferrovias, que hoje gira em torno de R$ 1 bilhão, seja investido no PROSEFER, programa de segurança ferroviária, coordenado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit).

Vilaça afirmou ainda que os projetos propostos pelo governo federal no Plano de Logística de Ferrovias e inseridos no PAC estão corretos e que o Brasil já deveria ter, atualmente, pelo menos 52 mil quilômetros de ferrovias. O objetivo da ANTF, segundo o executivo, é de atingir uma movimentação no País de 800 milhões de toneladas de cargas por via férrea até o ano de 2020. “Dessa forma o modal ferroviário passará a contar com uma participação na matriz de transportes de 32%. Hoje este percentual é de 25%. Além disso, as concessionárias projetam investir R$ 16 bilhões nos próximos três anos”, complementou Vilaça. Ele também destacou que o Brasil possui um déficit de armazenagem, que prejudica muito o escoamento da safra.

Fonte: Comunicação ANTF