11/08/2011

Ferrovia Litorânea: O Sul sobre os trilhos

A questão de logística é uma lacuna no crescimento econômico catarinense. E não apenas do sul, mas de todo o estado. Hoje, a realidade precária dá espaço para obras que podem, definitivamente, fazer Santa Catarina disparar no que diz respeito a crescimento econômico.

Neste contexto, a Ferrovia Litorânea e o desenvolvimento logístico que esta obra poderá proporcionar ao sul do estado será o principal assunto a ser discutido na reunião marcada para hoje, em Criciúma.

“Este é um exemplo de obra macrorregional que merece a atenção de todos os gestores, líderes políticos e empresariais do sul catarinense. O Brasil jamais poderia ter deixado de investir neste modal, como ocorreu”, defende o secretário de desenvolvimento regional em Tubarão, Haroldo Silva (PSDB), o Dura.

Ele e o presidente da Associação Empresarial de Tubarão (Acit), Eduardo Silvério Nunes, participarão do encontro hoje. “A Ferrovia Litorânea impactará positivamente sobre o setor industrial, pois vai baratear o custo da produção”, valoriza Dura.

A Ferrovia Litorânea Sul terá 236 quilômetros e interligará a Ferrovia Tereza Cristina, no sul do estado, às ferrovias da América Latina Logística (ALL), que possui quatro trechos (Porto União - Marcelino Ramos, Mafra - Porto União, Mafra - São Francisco do Sul (porto) e Mafra - Divisa com o Rio Grande do Sul através de Lages).

Quando estiver pronta, a estrada de ferro ligará os portos de Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul à malha férrea nacional. A obra de finalização do Aeroporto Regional Sul, em Jaguaruna, também integra a pauta do encontro de hoje.

Com um total de 34 milhões de toneladas de cargas transportadas e investimentos que ultrapassam R$ 50 milhões, a Ferrovia Tereza Cristina, sediada em Tubarão, trilha um novo caminho. Concessionária privada de uma malha de apenas 164 quilômetros de extensão, está, hoje, isolada do sistema ferroviário nacional. Com a implantação da Ferrovia Litorânea Sul, que interligará os trilhos da FTC com a malha férrea nacional e ainda os portos de Itajaí e São Francisco do Sul, a expectativa é de maior crescimento pois isto aumentar a área de atuação da empresa, além de gerar mais empregos diretos e indiretos com a sua expansão


Obra começou a ser debatida há quase dez anos

Os estudos de viabilidade para a interligação férrea de Santa Catarina e do país foram feitos entre 2002 e 2003. Em maio de 2009, o Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit) lançou o edital para a realização dos estudos de impacto ambiental e dos serviços de arqueologia para obtenção do licenciamento ambiental.

Somente para esta etapa, foram destinados R$ 3 milhões. Este Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) já está aprovado e em vigência. Os projetos de engenharia (o trecho foi dividido em dois lotes) começaram a ser feitos em 2009 pelo consórcio Magna/Astep e Veja/Prósul.

O investimento desta etapa chega à casa dos R$ 20 milhões e a previsão de conclusão é para dezembro deste ano. A obra está orçada em R$ 945 milhões e deve ser finalizada em até 24 meses após a contratação das empresas. A meta é licitar a obra no próximo ano.

Fonte: Jornal Notisul

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