13/07/2011

Especialistas iniciam diagnóstico de cadeias produtivas na região Sul

Visitas técnicas do projeto “Sul Competitivo” incluem dezenas de cidades de SC, PR e RS, além de Uruguai, Paraguai, Chile e Argentina

Uma equipe de especialistas iniciou nesta segunda-feira, 11 de julho, o mais amplo estudo até hoje realizado sobre os gargalos logísticos no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e nas ligações com os demais estados brasileiros. Batizado de “Sul Competitivo”, o projeto inclui centenas de visitas técnicas a cidades, secretarias de Estado, empresas e operadores logísticos nos três estados, além de visitas ao Uruguai, Paraguai, Argentina e Chile.

De acordo com Olivier Girard, sócio da Macrologística, a consultoria responsável pelo estudo, “o objetivo inicial é fazer um diagnóstico do que existe hoje para depois apresentar soluções integradas para o transporte de cargas através de portos, aeroportos, ferrovias, hidrovias, dutovias e rodovias”. O “Sul Competitivo” é uma iniciativa das federações das indústrias do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (FIEP, FIESC e FIERGS), com o apoio da Confederação Nacional da Indústria.

A integração técnica dos diversos modais de transporte pode gerar redução de custos logísticos e dar rapidez a todo o sistema de circulação de mercadorias, gerando maior competitividade da região. Há a expectativa, segundo Olivier, de que o diagnóstico, que compõe a primeira fase do projeto, seja concluído em quatro meses.

Cadeias produtivas

Serão analisadas em detalhe as demandas e os principais fluxos logísticas de 18 cadeias produtivas envolvendo produção agrícola, industrial, florestal e mineral. Estão na mira produtos como soja, milho, açúcar e álcool, arroz, trigo e tabaco; atividades como avicultura e pecuária bovina (leite e derivados, couros e peles, calçados); e cadeias como a de adubos e fertilizantes, calcário, carvão, madeira (incluindo papel e celulose, serrados e móveis), ferro e aço, veículos e autopeças (incluindo maquinarios agricolas), eletroeletrônicos, químicos, plásticos, petróleo e derivados. Também serão entrevistadas empresas dos ramos da suinocultura, cerâmica e têxtil. Portanto, serão analisadas carga geral e carga transportada por contêineres.

No radar das visitas técnicas e das propostas de soluções estão todos os modais, incluindo os portos fluviais (como os do Guaíba, no RS); todos os portos marítimos (como Paranaguá, no PR, Itapoá. Imbituba, Navegantes, São Francisco do Sul e Itajaí, em SC, e Rio Grande, no RS); as principais rodovias federais e estaduais; as ferrovias ALL (América Latina Logistíca), FTC (Ferrovia Tereza Cristina) e Ferropar (Ferrovia Paraná S.A); e hidrovias como a do Guaíba. No transporte por trens, serão estudadas sugestões de criação de várias ferrovias (do frango, do milho e litorânea, além de uma ligação Norte-Sl). No transporte fluvial, será estudada a viabilidade de hidrovias na Lagoa Mirim, nos rios Paranapanema, Uruguai e Paraná, inclusive com a implantação de eclusa na barragem de Itaipu, o que permitiria a estender a navegação até os vizinhos do Mercosul.

Nesse início dos trabalhos, além das visitas técnicas nas três capitais – Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre –, onde haverá encontros com secretarias de Estado, órgãos públicos, associações empresariais e comerciais, entre outros, os técnicos passarão pelas cidades gaúchas de Caxias do Sul, Triunfo e Bento Gonçalves, pelas catarinenses Itajaí, Blumenau e São Francisco do Sul e pelas paranaenses Paranaguá, São José dos Pinhais, Londrina, Maringá e Campo Mourão. Olivier Girard por sua vez começará os trabalhos de campo no Uruguai, passando por Montevidéu, Nueva Palmira (na foz do Uruguai) e Mercedes.

Fonte: Assessoria Agrolink

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