18/09/2014

Investimentos em 17 anos já passam de R$ 38 bilhões

Enquanto aguarda os novos leilões, o setor exibe números que, como ressaltou o presidente da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Gustavo Bambini, "comprovam o acerto do programa de concessões". De acordo com a associação, em 17 anos as concessionárias injetaram mais de R$ 38 bilhões em novas tecnologias, capacitação profissional, compra e reforma de locomotivas e vagões, melhoria das operações ferroviárias e na recuperação da malha. Esses investimentos resultaram, segundo a ANTF, em um aumento de 78,5% na movimentação de cargas, de 117% da produção ferroviária e de 173% na quantidade de empregados, além de redução de 77% no número de acidentes.

Com o resultado de 2013, o índice de acidentes das Ferrovias de cargas concessionadas permanece dentro dos patamares dos níveis de referência internacional, que variam de oito a 13 ocorrências por milhão de trens.km."Essa queda,em grande parte,é resultado dos investimentos realizados pelas concessionárias em modernização tecnológica, em treinamentos e em manutenção.A realização permanente de campanhas educativas, preventivas e de conscientização de segurança pelas concessionárias nas comunidades por onde as Ferroviaspassam também contribuíram para a redução",afirma Bambini.

Ainda segundo a ANTF, os recursos que as concessionárias repassam para o governo demonstram que o modelo de concessões implantado no Brasil está sendo crucial para a redução do Custo Brasil.A associação informa que só em 2013 as concessionárias recolheram aos cofres públicos mais de R$ 453 milhões em parcelas de concessão, arrendamento e impostos municipais, estaduais e federais.Nos 17 anos de concessão, esses valores recebidos pelo governo já totalizam mais de R$ 18,685 bilhões.

Os investimentos no setor geraram reflexos diretos na produção Ferroviária,aumentando a eficiência operacional das malhas concedidas. A produção Ferroviária - medida que indica o número de toneladas de carga movimentada a casa quilômetro - aumentou 1,1% no ano passado em relação a 2012. A produção passou de 297,8 bilhões de TKU (tonelada por km útil) para 301 bilhões de TKU.

Já o número de contêineres utilizado pelo setor, segundo o Balanço Ferroviário de Cargas,aumentou 25,5% de 2012 para 2013,passando de 240.854 TEUs (unidade de medida de um contêiner de 20 pés) para 302.190 TEUs.Ao longo dos 17 anos de concessão, o crescimento na quantidade de TEUs atingiu 8.636%,o que corresponde a uma média de 32,2% ano a ano.

A ANTF e suas associadas ressaltam,porém, que o transporte de contêineres ainda enfrenta muitos entraves para o seu crescimento.Entre os principais estão a falta de incentivos fiscais para a construção de terminais multimodais,o atual sistema tributário,a legislação do uso de contêineres, a falta de acesso aos portos e a demora na impolementação do conhecimento de transporte eletrônico (CTe).

Em relação à frota em atividade,o nível de desempenho da indústria de equipamentos está diretamente relacionado aos resultados das Ferrovias de carga.Em 2013,a quantidade de locomotivas e vagões em operação foi de 3.099 e de 95.397 respectivamente, contra 3.102 locomotivas e 94.271 vagões em uso em 2012.Para acompanhar a evolução operacional,a frota de materialrodante hoje é substuída mais rapidamente:a média de idade vda frota de vagões atualmente é de 25 anos, enquanto na década de 1990 era de 42 anos.A Malha Ferroviária brasileira de transporte de cargas operada pela iniciativa privada possui 27.782 quilômetros.
Fonte: Jornal do Comércio/RJ

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