11/08/2008

Sul debate opções para o transporte

O A logística da região Sul de Santa Catarina será debatida hoje, a partir das 10h, no Senai/Midisul, em Criciúma. Em pauta, os transportes rodoviário, marítimo e ferroviário, o que está sendo feito e quais os projetos que podem ser implantados para que ocorra uma melhoria na logística da região.

O evento é organizado pela Regional Sul da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc Sul), Associação Empresarial de Criciúma (Acic) e sindicatos patronais e contará com a presença do diretor do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), João José dos Santos, a gerente comercial da Santos Brasil, empresa vencedora da licitação do Terminal de Contêineres (Tecon) do Porto de Imbituba, Rejane Scholles e o diretor-presidente da Ferrovia Tereza Cristina (FTC), Benony Schmitz Filho.

Segundo Guido Búrigo, vice-presidente Regional Sul da Fiesc, a intenção do evento é mostrar para o empresariado da região, as obras para a melhoria da infra-estrutura que estão em curso e criar um espaço para que o tema seja discutido com os representantes de cada um dos modais. "A melhoria da logística significa novas oportunidades para as empresas já instaladas e é um atrativo para novas indústrias", afirma.

Norte do Estado tem vantagem no escoamento

Ao contrário do Norte do Estado, as empresas da região têm poucas opções para o escoamento da produção. Não há um aeroporto com terminal de cargas em funcionamento, a malha ferroviária é considerada pequena - vai de Criciúma até o Porto de Imbituba - e o Terminal de Cargas ferroviário foi desativado. Para Schmitz, essa carência logística faz com que o Sul fique atrás do Norte do Estado na preferência das empresas, e é um problema para as empresas já instaladas na região. "O Sul tem que pensar em logística e em um conjunto de opções para que cada modal seja eficaz em sua área de atuação e todos trabalhem de forma integrada", afirma. Entre os benefícios do desenvolvimento dos modais apontados pelo diretor-presidente da FTC estão a redução de custos das empresas e geração de novos empregos.

Segundo Schmitz, a previsão é que em 2030, o volume transportado pela BR-101 seja até três vezes maior que o atual. "A rodovia não suportaria todo esse volume. A saída será transportar uma parte por outro modal", afirma. E na região, uma das opções seria o transporte ferroviário. Mas para que ocorra uma utilização maior dos trilhos, algumas melhorias devem ser realizadas. Uma delas, é a ampliação da malha ferroviária para além do Porto de Imbituba. O diretor-presidente da Ferrovia Tereza Cristina afirma que há um projeto da FTC com o DNIT para a expansão da malha até o Norte do Estado. Isso daria novas oportunidades para o escoamento dos produtos fabricados no Sul.

Mas o desenvolvimento dos projetos da ferrovia também está atrelado aos projetos do Porto de Imbituba. Pelo menos no que diz respeito ao Terminal de Cargas, construído em Criciúma. Após alguns meses de trabalho, o terminal teve as atividades paralisadas por conta da suspensão da saída de cargas do porto para alguns países. E o retorno das atividades do terminal dependerá do início das atividades do Tecon do Porto de Imbituba, esperada para o último trimestre do ano. A reativação do terminal de cargas e a expansão da malha ferroviária possibilitarão que uma variedade maior de produtos sejam transportados pelos trilhos.

Fonte: Jornal A Tribuna

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