23/04/2003

Ferrovia é destaque em desfile público

A Escola Básica Visconde de Mauá completou 60 anos, no dia 18 de abril, e deu destaque à Ferrovia Tereza Cristina durante a semana de aniversário. Em um desfile nas ruas do bairro Oficinas, em Tubarão, Santa Catarina, cidade sede da FTC, os alunos se apresentaram vestidos de ferroviários e contaram até com a alegoria de uma locomotiva “Maria-Fumaça” para caracterizar o evento. Visconde de Mauá foi o fundador da primeira estrada de ferro do Brasil. Segundo a diretora da escola, Ivaneide Estevão, a FTC foi homenageada no desfile por fazer parte da história empreendedora do homem que empresta o nome à instituição de ensino. Além disso, assim como a escola, a Ferrovia faz parte da história da cidade de Tubarão. Hoje, a E.B. Visconde de Mauá possui 640 alunos. Curiosidades IRINEU EVANGELISTA DE SOUSA, barão e visconde de Mauá (1813-1889), foi um industrial e político brasileiro, pioneiro em vários setores da atividade econômica no Brasil. Foi responsável, entre muitas outras coisas, pela criação da primeira estrada de ferro brasileira. Órfão de pai aos cinco anos, foi levado do Rio Grande do Sul para o Rio de Janeiro por um tio, em 1822. Começou sua vida comercial com 11 anos, como caixeiro de uma loja de tecidos. Em 1830 entrou para a Casa Carruthers, onde aprendeu contabilidade e inglês. Sete anos mais tarde tornou-se sócio gerente da firma, ficando com o negócio quando Carruthers retirou-se para a Inglaterra, em 1839. Em 1850, fez uma viagem à Europa. Ali tomou contato com o desenvolvimento industrial europeu e concebeu a idéia de se dedicar a atividades industriais. Seu pioneirismo nesse campo justificou que lhe fosse concedido o título de barão de Mauá em 1854. A partir de l856, elegeu-se por diversas vezes deputado pelo Partido Liberal, mas renunciou à vida política em 1873, acusado de negociatas na Guerra do Paraguai. Em 1874 foi elevado a visconde. Em 1875, devido a dificuldades financeiras, solicitou moratória por três anos. Terminado o prazo, declarou-se em falência, da qual procurou explicar os motivos na sua 'Exposição aos Credores e ao Público" (1878). Dedicou os últimos anos de vida a pagar suas dívidas. Atividades Pioneiras: De regresso de sua viagem à Europa, Mauá colocou em atividade uma fundição e um estaleiro, na Ponta da Areia. Esse estaleiro forneceu 72 navios no espaço de dois anos, mas faliu depois da lei de 1860, que isentava de direitos a entrada de navios construídos no estrangeiro. Empreendeu a fabricação de velas de estearina, tentou instalar a empresa Montes Aureos Brazilian Gold Mining Comp. e a dos Diques Flutuantes do Rio de Janeiro. Fundou a Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro, a Companhia Navegação e Comércio do Amazonas, que também faliu por ocasião da abertura do Amazonas à navegação internacional, a Companhia Fluminense de Transportes. São ainda fruto de iniciativas suas a Companhia de Bondes Jardim Botânico, a abertura do canal do Mangue, no Rio de Janeiro, e a construção do cabo submarino inaugurado em 1874 pela Brazilian Submirine Telegraph Company. Seu entusiasmo pelos transportes levou a participar, direta ou indiretamente, da construção das cinco primeiras ferrovias inauguradas no Brasil. Além da sua Estrada de Ferro de Petrópolis, que ligava o Rio de Janeiro à raiz da serra de Petrópolis, apoiou financeiramente a Estrada de Ferro D. Pedro II (atual Central do Brasil), e as estradas de ferro Recife - São Francisco e Bahia - São Francisco, no norte do país; é obra inteiramente sua a Estrada de Ferro Santos - Jundiaí. Seu pioneirismo estende-se ainda ao setor bancário: participou da constituição do segundo Banco do Brasil, e foi o fundador do Banco Mauá. O visconde de Mauá nasceu em Arroio, Rio Grande do Sul. (Fonte: Enciclopédia Delta Universal, Volume 9, ano 1986)

Fonte: Comunicação / FTC

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