Marco do Sul completa 119 anos (Salvador Gomes / Diário Catarinense) O apito e a fumaça do trem desbravaram pela primeira vez o Sul catarinense há 119 anos. A locomotiva a vapor levava a bandeira Brasileira de um lado e a Inglesa de outro. Em 1º de setembro de 1884, poucas pessoas assistiram a passagem do primeiro trem pela região. Com quase nenhuma solenidade, estava inaugurada a Ferrovia Tereza Cristina, marco de uma época e ícone da indústria carbonífera do Sul. A data é pouco lembrada, mas a época marcou a região vislumbrada com a possibilidade de exploração do carvão. A região de Tubarão esteve por quatro anos ansiosa para a inauguração da ferrovia, que recebeu o nome da esposa de Dom Pedro II. De 1880 a 1884, a companhia inglesa The Donna Christina Railway Company Limited lançou-se na abertura dos caminhos, assentando dormentes e instalando os trilhos em 118 quilômetros da estrada de ferro. "O acontecimento era assunto obrigatório em todas as bocas", escreveu o historiador Walter Zumblick, no livro Tereza Cristina: a ferrovia do carvão. Décadas seguintes foram tumultuadas O futuro, no entanto, pareceu não muito promissor nos primeiros anos da história. As constantes cheias do Rio Tubarão dificultavam a manutenção dos trilhos e o carvão não foi um negócio tão próspero quanto se imaginava. Somente em 1945, com o abastecimento da Companhia Siderúrgica Nacional com carvão, é que a Tereza Cristina teve o impulso sonhado pelos primeiros empreendedores. O transporte de carvão de Criciúma a Capivari de Baixo é a atividade da atual Ferrovia Tereza Cristina. A companhia é hoje uma empresa privada que opera em regime de concessão dos bens. Saiba mais A ferrovia ontem e hoje 1884 Extensão: 118 quilômetros Locomotivas: oito, todas de construção inglesa Vagões: 281 e mais oito carros para passageiros Estações: Imbituba, Bifurcação, Laguna, Piedade, Pedras Grandes e Minas 2003 Extensão: 164 quilômetros Locomotivas: 10 Vagões: 449 Estações: Imbituba, Capivari, Tubarão, Henrique Lage, Morro Grande, Esplanada, Urussanga e Içara.
Fonte: Jornal Diário Catarinens
